O Executivo do Século 21

Trabalhei 23 anos em grandes empresas nacionais e internacionais, sendo 16 anos em cargos executivos, pois meu primeiro cargo gerencial veio em 1992. Portanto passei 50% do meu tempo como executivo no século XX e 50% no século XXI.

Mas e daí, o que isso significa?

O final do século XX foi à grande transformação da era da informação, foi sensacional ter participado do nascimento da internet, da aceleração da mídia internacional, do inicio da globalização. Mas é importante notar que em conjunto com toda esta expansão, uma transformação sutil e poderosa se operou em todos os mercados: os credos mudaram…

  • Não era mais o emprego estável e sim a mudança constante dinâmica;
  • Surgiu um novo Deus, o Acionista;
  • O almoço com colegas de trabalho virou lanche no fast food;
  • IPO virou palavra de moda;
  • Os executivos Midas de 30 e poucos anos superaram os Srs. de 60;
  • A aposentadoria passou para 65 anos, mas as empresas o valorizam até os 50.

Posso citar aqui uns cem números de novos credos…

E o século XXI? Para mim estamos na era da multimídia fast turbo banda larga… nem preciso falar a velocidade dos dias atuais.

E o executivo nisso tudo? Não tem mais emprego garantido, têm que se atualizar a cada minuto, as respostas são precisas, focadas, rápidas e sempre questionáveis. Os softwares de gestão e business inteligence que vieram para ajudar, complicam mais ainda o dia já tão conturbado com centenas de novas informações a cada segundo para serem digeridas e apresentadas aos acionistas, ávidos por lucros maiores e retorno ao investimento, sem questionamento de quaisquer fatores conjunturais.

O caos urbano nas megacidades está chegando a níveis inadmissíveis para o homem. É preciso sempre mais, senão como a sociedade capitalista baseada no consumo vai sobreviver? Vamos consumir gente!

E o executivo nisso tudo? Perde horas por dia dentro do carro, mas tem que aumentar a produtividade. Precisa levar o filho na escola, fazer compra de mercado, tem que fazer ginástica para se manter em forma, precisa ler algo fora do campo do seu trabalho porque senão parece “bitolado” aos olhos dos colegas. Visitar amigos, esquece, manda e-mail que tá tudo bem! Ah choveu… ESQUECE !!!! pára tudo, vou tomar umas para aliviar a pressão.

Da-lhe Lexotam… ops esqueci que o segundo maior campeão de vendas de todos os remédios é o Rivotril… vicia, mas tudo bem, me deixa lidar melhor com o dia a dia. Com a tal crise o executivo do século XXI deve estar na crise da crise, pois tudo vai piorar com certeza… Passei por tudo isto, ops, o meu era Frontal…
E o que fazer?

Tem saída sim, eu consegui… Mas precisa de foco, disciplina, força de vontade e coragem para romper com alguns paradigmas.

Já teve um coach para te ajudar a viver melhor nesta realidade?

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Marco Land é diretor de Novos Negócios da Dextera Consultoria, sendo responsável pela Operação Changefirst na América Latina, Planejamento Estratégico e novos negócios. Também é instrutor da metodologia PCI (People-Centred Implementation) da Changefirst. É graduado em Ciência da Computação pela Unib (Universidade Ibirapuera), cursou MBA em Gestão Estratégica pela FGV e em Administração de Empresas pela FAAP. Land acumula mais de 25 anos de experiência em grandes organizações, tendo ocupado cargos de sócio diretor, VP e diretoria executiva. Participou de projetos complexos e multidisciplinares de implantações de sistemas ERP na Ásia, Europa, América Latina e Estados Unidos e possui amplo conhecimento das estratégias e direcionamento do mercado de TI. Tem formação nas teorias DISC e de Valores para avaliação de pessoas, Business Coaching e Alpha Coach Assessment pela Sociedade Brasileira de Coaching (com reconhecimento do Behavioral Coaching Institute – USA). Também é terapeuta transpessoal formado na DEP – Escola da Dinâmica da Energética do Psiquismo.